segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A lei Eusébio de Queiroz

   Em 1831, aprovou-se uma medida para validar um tratado entre Brazil e Inglaterra pelo fim do tráfico negreiro. Mas traficantes e proprietários ignoraram a lei, que não foi respeitada e foi considerada '' para inglês ver '' (tinha aparência de lei, mas nao valia como tal). O tráfico continuou em rítimo crescente, muitas vezes com a colaboração das autoridades. A reação do governo inglês foi reforçar a vigilância nos oceanos e apreender os navios suspeitos de trasportar negros.  
   As relações entre o governo inglês e o brasileiro se agravaram em 1846, quando o parlamento britânico aprovou o ato '' Bill Aberdeen'', numa referência ao então ministro das Relações Exteriores da Inglaterra. O ato autorizava a Marinha daquele país a tratar os anvios negreiros como piratas, apreendê-los e juulgar os responsáveis em tribunais britânicos.
   A Lei '' Aberdeen '' provocou violentas reações do governo e de políticos brasileiros, que tomaram a medida como violação da soberania nacional. Os britânicos ignoraram as reações brasileiras e reforçaram a fiscalização. Mais de 600 navios foram apreendidos pelos ingleses depois de 1846, muitos deles em águas territoriais brasileiras.
   A querda de braço com a Inglaterra não duraria muito tempo. Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queiroz. que proibia definitivamente o tráfico de escravos para o Brasil. Dessa vez a lei saiu do papel, e a entrada de africanos escravizados no país diminuiu rapidamente, até desaparecer na década de 1860.

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