segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O móbil do tráfico- A economia açucareira

A partir de 1530,com o conhecimento adquirido no fabrico do açúcar nas ilhas da Madeira e de São Tomé, e depois com a criação em 1549 do Governo Geral para o Brasil, a Coroa portuguesa procurou incentivar construção de engenhos de açúcar no Brasil. Mas os colonos encontraram grandes dificuldades no recrutamento da mão-de-obra e na falta de capitais para financiar a montagem dos engenhos de açúcar. [6] As várias epidemias que, a partir de 1560, dizimavam os escravos índios em proporções alarmantes originou a que Coroa portuguesa fizessem leis que proibiam de forma parcial a escravatura de índios isto é, "proibiam a escravização dos índios convertidos e só permitiam a captura de escravos através de guerra justa contra os índios que combatessem ou devorassem os Portugueses, ou os Índios aliados, ou os escravos; esta guerra justa deveria ser decretada pelo soberano ou pelo Governador-Geral". [7] Outras adaptações desta lei surgiram mais tarde.
A subsequente falta de mão-de-obra levou a que se necessitasse de introduzir mão de obra de outra origem.
Quanto aos holandeses, a partir de 1630 começam ocupar as regiões produtoras de açúcar no Brasil e para suprir a falta de mão-de-obra escrava, em 1638 lançam-se na conquista do entreposto português de São Jorge da Mina e em 1641 organizam a invasão de Angola.[8]
Argumenta-se que a sobrevivência das primeiras engenhocas, o plantio de cana-de-açúcar, do algodão, do café e do fumo foram os elementos decisivos para que a metrópole enviasse para o Brasil os primeiros escravos africanos, vindos de diversas partes da África, trazendo consigo, seus hábitos, costumes, música, dança, culinária, língua, mitos, ritos e a religião, que se infiltrou no povo, formando, ao lado da religião católica, as duas maiores religiões do Brasil."

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